Um exame físico bem feito, com uma boa auscultação dos pulmões é capaz de sugerir a presença do derrame pleural, sempre que houver mais de 300 ml de líquido acumulado. O excesso de líquido se entrepõe ao pulmão e as costas e os ruídos pulmonares ficam inaudíveis.
Quando a história clínica e o exame físico sugerem a presença do derrame pleural.
A confirmação pode ser feita com uma simples radiografia de tórax, o derrame pleural mostra-se como uma grande mancha no local, onde deveria estar sendo visto apenas o pulmão cheio de ar.
Para ser detectado pela radiografia simples, o derrame pleural deve ter pelo menos 75 ml de líquido. Quando há dúvidas, uma opção é fazer outra radiografia com o paciente, deitado de lado, fazendo com que o líquido escorra, ao longo das costelas, esta técnica permite diagnosticar derrames menores que 50 ml.
Exames como a tomografia computadorizada e a ultrassonografia conseguem detectar colisões de líquidos mínimas como meros 10 ml.
Uma vez diagnosticado, o derrame pleural, a não ser que a sua causa seja óbvia, como em cirróticos com grande ascite, na síndrome nefrótica descompensada, ou na insuficiência cardíaca grave. O seu líquido deve ser analisado, visando à determinação da sua composição. O único jeito de abordar-se o líquido pleural é através de um procedimento chamado “toracocêntese”, que consiste na inoculação de uma agulha, entre as costelas do paciente, até chegar-se ao espaço pleural. Normalmente colhe-se entre 50 e 100 ml do derrame.
O líquido colhido pode ser analisado de forma a determinar-se a presença do “exsudado”, ou “transudato” de células cancerígenas e de bactérias.
Além da toracocêntese, para o diagnostico nos casos de derrame pleural volumoso, pode-se implantar um pequeno tubo para drenagem de volumes maiores de líquidos, a fim de desobstruir o pulmão afetado, as principais complicações da toracocêntese são: hematomas no local da pulsão, contaminação do derrame pleural por bactérias da pele e pneumotórax. Se os exames acima não identificarem a causa do derrame pleural, ainda pode-se realizar uma toracoscopia, com introdução de um endoscópio dentro da cavidade pleural, para visualização da pleura e dos pulmões e eventual realização de uma biópsia.
Discentes: Camila Araujo
Marly Góes
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